A Estética Kitsch

Autores

  • Lucas Fernando Gonçalves Universidade de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.20435/multi.v24i58.2686

Palavras-chave:

Estética, Kitsch, Kundera, Ontologia

Resumo

O presente artigo tem como objetivo apresentar o conceito de kitsch como conceito estético e ontológico. Perpassamos pelo seu significado etimológico e histórico através da perspectiva de Abraham Moles; caracterizamos os 4 tipos de kitsch na ótica da pesquisadora Sêga: imitação, exagero, ocupar um espaço errado e perda da função original; aprofundamos o olhar ético de Hermann Broch acerca do estilo kitsch como má arte e concluímos o estudo com a perspectiva de Milan Kundera, em que o autor tcheco conceitua como um aspecto de negação da “merda” humana, ou seja, kitsch seria a tentativa humana de ignorar as próprias fragilidades e sombras existenciais. Buscando assim uma falsa beleza e harmonia que trouxesse uma sensação de paz e fim da tragédia.

Biografia do Autor

Lucas Fernando Gonçalves, Universidade de Brasília (UnB)

Graduado em Filosofia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), mestre em Estudos de Linguagens pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e doutorando em Literatura na Universidade de Brasília (UnB).

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Publicado

2019-12-18

Como Citar

Gonçalves, L. F. (2019). A Estética Kitsch. Multitemas, 24(58). https://doi.org/10.20435/multi.v24i58.2686

Edição

Seção

Dossiê: A filosofia e a textura do mundo